Várias são as músicas, cantares populares, quadras que se referem ou fazem referência ao Senhor da Serra...
Senhor da Serra acudi-me
Que eu não sei donde estou!
Ou os ares abaixaram
Ou a terra alevantou!
...
Divino Senhor da Serra
Que lá está no cabecinho.
Muito calor que lá esteja
Sempre lá bole um ventinho.
...
Os mesmos padres da missa
Ao inferno são chamados:
Inda querem ter mais filhos
Que os próprios homens casados!
...
"Durante a Quaresma, quando os rapazes de Ceira veem, pedir esmola para as almas, tôda a população acorre a ouvir, num recolhimento cheio de respeito:
«Aqui me tens a cantar
À porta da tua sala.
Se estás a dormir, acorda.
Se estás acordada, fala.
As almas do purgatório
Nos mandaram aqui vir
Que lhe dèsseis vós a esmola
Para do fogo sair.
Não vos pedem as fazendas
As almas da Natureza,
Pedem só as migalhinhas
Que crescem da vossa mesa.
A esmola que dais ao pobre
Não cuideis que a comemos
Que é p'rás missas, e p'rás almas,
É devoção que nós temos.
A esmola que dais ao pobre,
Se a dais com devoção,
Neste mundo tens o prémio
E no outro a salvação.
À porta das almas santas
Bate Deus a tôda a hora
Almas santas lhe preguntam:
- «Ó meu Deus que quereis agora?»
bis - «Quero que venhais comigo
bis Para o reino da guelória».
Vinde, vinde, Senhor, vinde!
Vinde, vinde, não tardais (?)
Tomar posse da noss'alma
Que de vós não se apartais. (?)
Já o sacrário está aberto,
Já o Senhor lá está dentro.
Já podemos adorar
Ao Divino Sacramento.
Ajoelhemos por terra
e todos, de chapéu na mão, ajoelham respeitosamente. Continua o côro:
Já não somos os primeiros.
Deixai passar Jesus Cristo,
Deus e Homem verdadeiro.
In: Evolução do Senhor da Serra, de Joaquina M. de Oliveira Flores, 1935
Senhor da Serra acudi-me
Que eu não sei donde estou!
Ou os ares abaixaram
Ou a terra alevantou!
...
Divino Senhor da Serra
Que lá está no cabecinho.
Muito calor que lá esteja
Sempre lá bole um ventinho.
...
Os mesmos padres da missa
Ao inferno são chamados:
Inda querem ter mais filhos
Que os próprios homens casados!
...
"Durante a Quaresma, quando os rapazes de Ceira veem, pedir esmola para as almas, tôda a população acorre a ouvir, num recolhimento cheio de respeito:
«Aqui me tens a cantar
À porta da tua sala.
Se estás a dormir, acorda.
Se estás acordada, fala.
As almas do purgatório
Nos mandaram aqui vir
Que lhe dèsseis vós a esmola
Para do fogo sair.
Não vos pedem as fazendas
As almas da Natureza,
Pedem só as migalhinhas
Que crescem da vossa mesa.
A esmola que dais ao pobre
Não cuideis que a comemos
Que é p'rás missas, e p'rás almas,
É devoção que nós temos.
A esmola que dais ao pobre,
Se a dais com devoção,
Neste mundo tens o prémio
E no outro a salvação.
À porta das almas santas
Bate Deus a tôda a hora
Almas santas lhe preguntam:
- «Ó meu Deus que quereis agora?»
bis - «Quero que venhais comigo
bis Para o reino da guelória».
Vinde, vinde, Senhor, vinde!
Vinde, vinde, não tardais (?)
Tomar posse da noss'alma
Que de vós não se apartais. (?)
Já o sacrário está aberto,
Já o Senhor lá está dentro.
Já podemos adorar
Ao Divino Sacramento.
Ajoelhemos por terra
e todos, de chapéu na mão, ajoelham respeitosamente. Continua o côro:
Já não somos os primeiros.
Deixai passar Jesus Cristo,
Deus e Homem verdadeiro.
In: Evolução do Senhor da Serra, de Joaquina M. de Oliveira Flores, 1935